Relacionamento de casal

Diferente do relacionamento entre pais e filhos (onde os pais dão e os filhos apenas recebem, até onde precisam), o relacionamento de casal é norteado pela compensação. Aqui o movimento é de troca entre ambos, ora damos, ora recebemos. E esta troca pode ser positiva ou mesmo negativa.

E este relacionamento para ser e continuar saudável precisa existir entre dois adultos, onde ambos são responsáveis em 50% por tudo que acontece no relacionamento, seja isso bom ou ruim.

Não pode haver casamento quando um dos cônjuges ainda encontra-se preso no mundo infantil, olhando para trás.

Isso quer dizer que, quando um dos cônjuges ainda está lá, olhando para um dos pais, seja para querer salvar um deles, achando-se herói e grande, seja para cobrar o que acha que deveria ter tido e não teve, seja para julgá-los como sendo isso ou aquilo, fatalmente essa pessoa ficará presa a este mundo infantil. O chamado mundo dos ideais, onde idealizamos tudo do jeitinho que queremos. Postura que não se encaixa, que não tem espaço no mundo adulto.

Existe ainda aquele filho que é posto no lugar de marido da mãe (algo que ocorre de forma inconsciente), fazendo com que este filho fique preso, em um lugar que não é dele, não ficando disponível para a sua própria mulher. Poderá até se casar, mas terá problemas constantemente, pois sua alma não está livre para um novo relacionamento, visto que esta preso lá atrás, preso a mãe.

Na mesma medida isso ocorre com a filha posta no lugar da mãe, será a esposa do papai, assim não precisará de um marido, de certa forma já tem o seu. Outras vezes esta filha é posta ainda no lugar do próprio pai, ficando presa as satisfações pessoais de sua mãe, o que a impedirá de viver seu próprio relacionamento, pois não terá liberdade para viver isso.

De acordo com Bert Hellinger o primeiro passo para ter um relacionamento saudável, significa antes deixar a sua mãe, ir para o mundo, algo possível através do pai. O pai é quem nos manda para a vida, para o mundo, para o desconhecido, para o sucesso, trabalho, sexualidade e realizações.

Vale citar aqui que, quando Bert diz “deve antes deixar a sua mãe”, não esta dizendo para esquecermos que temos uma mãe e nunca mais olharmos para ela… significa que, quando nossos pais precisarem de auxilio na doença ou na velhice devemos ajudá-los, apenas isso, mas, não podemos ficar presos lá, querendo satisfazer a mamãe ou o papai em tudo, deixando de cuidar da nossa própria vida e família, e ainda pior, não podemos ficar lá, ocupando um lugar que não é nosso.

O primeiro amor do homem é a mãe, o primeiro amor da mulher é o pai (de acordo com Freud), porém é preciso renunciar a este amor para que possamos viver o amor adulto, o amor entre um homem e uma mulher. Amor, casamento que se consolida através do ato sexual. O sexo é que faz do casamento de fato casamento, sem sexo não há casamento.

A filha precisa ir para a esfera do pai, onde ela aprenderá sobre coragem, sexualidade, projetos e vida, porém precisa voltar cedo para a esfera de influência da mãe. É com a mãe que a filha aprende a amar e respeitar o homem.

Já o filho precisa sair cedo da esfera da mãe, ir para o campo do pai e permanecer lá. É no campo do pai, vinculado a sua linhagem masculina que o homem aprende a ser homem, ganha força e aprende a amar, respeitar e proteger a sua mulher.

E é a mãe quem libera os filhos para o pai e isso deve ser feito de coração, de alma. Um movimento feito apenas no plano físico não terá efeito algum, por isso a mãe deve conceder o(a) filho(a) ao pai, rompendo o cordão umbilical, apenas desta forma estes filhos terão sucesso na vida e serão capazes de construir suas próprias famílias.

Quando o filho permanece sendo o filhinho da mamãe certamente não conseguirá estabelecer um relacionamento saudável com sua esposa, e nem tão pouco irá respeita-la, pois neste caso já tem a sua mulher, a mãe. Logo ele terá muitas namoradinhas e nenhuma mulher, será o eterno adolescente, não respeitará nenhuma mulher, já tem a sua para respeitar.

Da mesma forma a filhinha do papai também não conseguirá estabelecer um relacionamento saudável com um homem enquanto permanecer a filhinha do papai. Aqui haverá muitas discussões, problemas de sexualidade e por ai segue. Ambos estarão brincando de casamento.

Bert Hellinger diz que casamento é algo para gente grande, gente adulta, gente que reconhece e aceita seu lugar, gente que deixou pai e mãe para trás, gente que está disposta a assumir 50% de tudo que acontecer entre ambos.

E como é possível manter o relacionamento saudável? Considerando que ambos, o homem e a mulher já deixaram seus respectivos pais para viverem seus próprios relacionamentos, o segundo passo, manter o relacionamento saudavel será possível através das trocas.

É através das trocas positivas ou negativas que o casal pode crescer e continuar juntos. No processo de troca constante o relacionamento tem força para perdurar. Assim quando meu parceiro me concede algo de bom, devo fazer o mesmo a ele, fazer algo ainda melhor, desta forma crescemos juntos enquanto pessoas e enquanto casal.

Porém, da mesma forma quando um dos parceiros faz ao ruim, negativo ao outro, isso também precisa ser reparado. E há duas formas de reparar algo ruim feito pelo cônjuge.

Primeiro, se faço algo ruim, devo em seguida fazer algo muito bom para compensar, para reparar este erro, este algo ruim. Desta forma podemos voltar a estabelecer uma troca positiva. Desta forma restabelecemos o equilíbrio entre nós.

Ou, uma segunda forma de reparar isso é dando o troco. Ou seja, aquele que sofreu o prejuízo, pode dar o troco ao parceiro, fazendo algo ruim a ele também. Em outras palavras, se meu cônjuge me faz algo muito ruim e não compensa este erro com algo muito bom em seguida, ao invés de me por na situação de vitima, inocente que a tudo perdoa (algo que é em geral feito pelas mães), eu devo dar o troco, porém um pouco menos grave do que ele me fez. Ele certamente ficará contente com isso, com o troco, pois em seu intimo ele esperava uma certa punição para não ficar se sentindo tão mal. E assim dando o troco negativo um pouco menor, podemos retomar o caminho do amor e das trocas positivas, sem vitimas nem agressores.

Quando algo de muito ruim é feito e não há em seguida uma compensação muito boa, e também não é dado o troco para equilibrar as coisas, aquele que sofreu o dano, irá fatalmente dar esse troco em leves e longa prestação, irá lembrar e jogar na cara do parceiro este erro por muito tempo, levando também há um desgaste da relação.

Esse é o relacionamento de casal, relacionamento entre adultos.

Ilma Estevam – Constelação Familiar – Berlin
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Autoestima – olhar sistêmico

Muitos podem ser os motivos pelos quais uma pessoa pode ter ou ficar com sua autoestima baixa, assim como pode ser uma condição passageira ou duradoura.
Esse sentimento pode ocorrer em momentos diferentes de nossa vida, seja na primeira, segunda infância e permanecer até a fase adulta ou pode passar, desaparecer com a mesma rapides que chegou, já em outras situações pode vir a ocorrer na adolescência ou ainda na fase adulta, após um incidente traumático, e da mesma forma que na infância pode desaparecer em seguida ou ir se agravando com o tempo, ir ganhando força e entrando em diferentes áreas de nossas vidas.

Quando se trata de um trauma, um incidente que nos causou profunda dor, mexeu com nossa essência, com nosso ego, trata se de algo mais fácil a ser detectado, como por exemplo, se na infância ou adolêscencia houve a ocorrência de bullying ou na fase adulta uma traição, um abandono do cônjuge, ou até mesmo um ganho de peso temporário, isso tende a ir se amenizando após tomado algumas medidas, as vezes simples como um novo corte de cabelo, uma viagem, um novo curso, iniciar uma atividade física, sair mais com os amigos, encontrar um novo amor e claro ter o apoio de um profissional, realizar uma terapia, entre outros.

Agora quando este sentimento, essa postura de retração, independente de ter se iniciado na infância, adolescência ou fase adulta não desaparece mesmo diante de muitas atitudes para solucionar a questão, sendo ainda somada a uma sensação de peso, pode se afirmar que existe uma questao sistêmica por trás deste sentimento (baixa autoestima, inferioridade, etc.).

Abaixo cito alguns exemplos sistêmicos que nos auxilia a compreender melhor, a lidar e modificar esta realidade:

criação muito rígida: neste caso quando a criança é tratada, educada de forma muito rígida pelos pais ou mesmo familiares, precisando ser a criança certinha, boazinha o tempo todo, sendo impedida de se manifestar, de expor seus sentimentos, medos, anseios e imaginações, trata se de algo que a traumatiza de forma muito profunda, gerando insegurança e medo em se manifestar, ela ira carregar isto para o resto de sua vida, caso não seja olhado e tratado de forma correta;

nao ter sido uma criança desejada: quando os pais não desejam mas ocorre a gravidez, a criança tende a ser vista como tal (não desejada), tende a não ser olhada, o que pode levar a um sentimento de profunda necessidade de introspecção, medo, insegurança e silêncio, aqui já na primeira infância a criança tende a se fechar, de forma a não incomodar os pais, a família, amigos e assim segue sua vida, predominando o desejo e o medo de não incomodar de forma alguma, de não chamar a atenção, “não causar” como costumamos ouvir muitas vezes;

estar identificado com um excluido do sistema familiar: pode acontecer de em gerações anteriores, por algum motivo alguém ter sido proibido de se manifestar, ou mesmo tenha sido obrigado a se calar, por exemplo por ter cometido algo que não foi visto com bons olhos pela familia, levando essa pessoa, por conta deste ato a ser excluida do sistema, levando um descendente a se rebelar totalmente para compensar o silêncio deste alguém que veio antes, ou pode vir ainda a repetir o seu destino, se calando também, carregando consigo o peso da vergonha e o segredo deste ancestral. Isso até que este excluido seja olhado com amor e respeito e seja novamente incluido no sistema familiar;

estar fora do seu lugar: sempre que uma criança ou adulto simplesmente esta fora de seu lugar dentro do sistema familiar ou identificado com alguém que veio antes, desrespeitando a Lei da Ordem (segunda Lei Sistêmica), essa pessoa certamente não terá forças para aparecer na vida, não terá forças para se manifestar, não terá forças para assumir sua própria identidade, tornando se fechada, insegura, sentindo se desconectada e com sua autoestima baixa;

desejar resolver algo grande que foi de seus ancestrais: muitas vezes quando a criança e adulto, insiste em se pôr como grande, maior que seus pais ou um outro ancestral, tentando resolver algo que foi vivido por eles, para eles, esta criança está tentando resolver algo que é grande demais para si e que certamente ela não irá conseguir. Ela investirá muita energia, porém sem sucesso, assim a criança ou o adulto, sofrerá as consequências por se pôr como grande onde é pequeno, ela irá sentir medo, fraqueza e baixa autoestima por querer resolver algo e não conseguir, ela se sentirá mal, sentirá que não serve para nada e assim não terá forças para se mostrar, para ser vista, para se posicionar na vida, para tomar o seu lugar no seu sistema familiar.

Ilma Estevam – Constelacao Familiar – Berlin
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Por que estamos tão doentes?

Porque estamos tão doentes?

Estamos adoecendo mais, seja fisicamente, mentalmente, ou essa seria apenas uma forma um tanto negativa de olhar para casos isolados?

De qualquer forma, vez ou outra um amigo, um familiar e inclusive nós, nos vemos diante de um mal estar, uma doença.

Mas e por que nosso corpo/mente adoece? Nosso corpo adoece porque nossa Alma adoeceu primeiro, e por que nossa Alma adoeceu primeiro? Porque nossas relações adoeceram antes.

Sempre que enfrentamos um problema com nossos pais, nossos filhos, irmãos, amigos, conjuge, colegas de trabalho, chefe, ficamos tristes e aborrecidos.

Essa dor e essa tristeza de ver uma relação não fluindo bem irá tirar nossa alegria, irá tirar nossa força e nosso ânimo de viver e de empreender. E a medida em que o tempo avançar e continuarmos com isso, mal resolvido em nós, iremos adoecer.

Mas e por que nossas relações tem adoecido com tanta facilidade? Via de regra, adoecemos porque estamos apegados a um ideal. Estamos preso no mundo ideal, e de lá, desse mundo ideal, fazemos a nossa imensa lista, do marido perfeito, pai e mãe perfeitos, amigos e chefe perfeitos e queremos, esperamos a qualquer custo que todos a sigam, a cumpram, desejamo que todos nos satisfaçam de acordo com nossa “listinha perfeita”. Porém, tudo isso não passa de uma ilusão.

E assim seguimos com nossas vidas, colocando sobre o outro nossas expectativas e ideias pré concebidas.

Isso tudo torna se pesado demais para o outro, o outro não da conta de viver sob essa nossa expectativa, da mesma forma que nunca conseguiremos satisfazer as expectativas que depositam em nós.

Mais cedo ou mais tarde alguém irá nos decepcionar, pois esse alguém assim como nós tem seus próprios defeitos. De repente nos damos conta de que esta perfeição projetada no outro é apenas uma ilusão e com isso vem a frustração.

Quanto maior a expectativa, maior será a decepção, mais irá doer, mais estamos propensos a adoecer.

E o mais complicado, é que na maioria das vezes, ao nos depararmos com uma frustração, nós nos afastamos, nos afastamos, aos invés de resolvermos, correndo o sério risco de chegar no fim de nossas vidas, cheios de certezas, porém sozinhos.

Se mais cedo ou mais tarde alguém irá nos decepcionar, como podemos lidar com isso? Na verdade, a diferença entre adoecer e resolver o mal entendido está em como lidamos com isso. Podemos continuar neste “mundo ideal” ou dar um passo rumo ao conhecimento de si mesmo.

Sigmund Freud

Sigmund Freud disse: “Haverá um dia em que deveremos deixar de ser as crinças que sempre fomos, deixar as ilusões de lado e encarar a vida hostil, tal qual ela se apresenta. A isso eu chamo de Educação para a Realidade.”

Bert Hellinger

Bert Hellinger afirmou em seus inúmeros seminários e livros que, todo aquele que olha para o outro com essa lista ideal, continua lá, no mundo infantil, aguardando ser atendido em suas vontades, porém, neste mundo infantil, nada de fato nos acontece. É aqui, no mundo adulto que as coisas acontecem, como, sucesso, trabalho, familia, filhos, alegria de verdade.

O que podemos fazer para sair deste mundo de ideais?
Precisamos partir em busca de nosso conhecimento pessoal e a medida em que avançarmos neste caminho, deixaremos de exigir cada vez mais do outro e sim, olhar para nós mesmos, compreendendo e melhorando nossos pontos fracos.

Vale citar que a cura não é um ponto, um objetivo a se atingir, mas sim, um modo, estilo, uma forma de viver. Sabemos onde começa, mas nunca onde termina.

Durante a vida enfrentaremos muitos desafios, vamos adoecer e nos curar diversas vezes, está tudo certo, faz parte de nosso processo de amadurecimento, faz parte de nossa estadia neste planeta.

O importante é continuar neste processo de cura, e a medida em que formos avançando, nos machucaremos menos. A medida em que nos curamos, curamos também nossas relações.

Os dias ruins tenderão a se tornar cada vez mais raros. Nossas relações tornarão se cada vez mais leves e gostosas, livres de tantas cobranças e pesar, e assim, nos tornaremos mais alegres e fortes diante da vida.

Ilma Estevam – Constelação Sistêmica Familiar – Berlin
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Lidando com crianças “difíceis”

“…toda criança carrega nos olhos aquilo que seus pais levam no coração”.
“… como é difícil, observar com amor como em nossos próprios filhos um destino é cumprido, um destino que nós mesmos produzimos inconscientemente e perceber como ficamos culpados inocentemente…” – Bert Hellinger

Tenho atendido ultimamente muitas mães que chegam em meu consultório desesperadas, sem saber o que fazer com um filho. As vezes o problema de comportamento estende-se a dois, três filhos, mas na esmagadora maioria, apenas um filho vem apresentando grandes dificuldades.

Os pais, em especial as mães têm-se perguntado, o que está acontecendo, por que um filho vem apresentando os mais diversos problemas, enquanto que os demais, criados exatamente da mesma forma e nas mesmas condições estão tranquilos, comparados com os “difíceis”.

As queixas são as mais diversas possíveis como exemplo, crises de raiva e até violência; ausência de respeito com pais, educadores e familiares; problemas de relacionamento com os amigos; indisciplina em locais públicos; dificuldades de aprendizagem na escola e outros.

De acordo com a Visão Sistêmica de Bert Hellinger os motivos geralmente estão na raiz de uma exclusão, ou seja, tem se observado com frequência nas dinâmicas de Constelação a exclusão do pai ou algum antepassado que teve um destino difícil.

É comum as mulheres (mães), sentirem raiva de seus cônjuges, por diversos motivos que não cabe aqui nos estendermos muito… E assim, automaticamente acabam excluindo o pai de suas vidas, algo que a criança toma para si com muita dor no coração.

Todo filho ama profundamente seus pais, independente das escolhas que eles façam e quando são impedidos de vivenciar este amor, acabam por manifestar raiva, indisciplina, doenças e por ai segue.

Quando os pais são separados os problemas são ainda maiores, aqui muitos pais partem para a Alienação Parental, ou seja, usam seus filhos para agredir e/ou atingir seus objetivos frente ao ex-parceiro (a). Nestes casos então a exclusão aparece com muita força, e a criança novamente irá manifestar como puder essa desordem do sistema.

Em outros casos, muitas mães permitem que os filhos ocupem o lugar do pai na casa, de forma inconsciente, o que acaba gerando desordem nas relações e os efeitos podem aparecer em forma de doença, rebeldia, insucesso, dificuldade de relacionar-se e outros. O inverso aqui também acontece, existem filhas que muitas vezes se põem no lugar da mãe, ficam “presas” no amor do pai, assim, entram num confronto constante com suas mães excluídas.

De acordo com Freud o primeiro amor da mulher é o pai e o primeiro amor do homem é a mãe, no entanto, o filho precisa sair cedo da esfera da mãe e ir para o campo masculino, precisa unir-se aos homens da família, da mesma forma a filha, precisa sim ir para a esfera do pai, mas precisa voltar cedo para o campo feminino, quando o filho não vai para o pai e a filha não volta para a mãe os problemas são intensos nas mais diversas áreas da vida dos filhos.

É verificado com frequência também, a identificação desta criança com um antepassado excluído. Este antepassado tem o desejo imenso de voltar a pertencer a esta família (todos pertencem, vivos ou mortos), assim, um inocente faz a identificação, repetindo o destino deste excluído, forçando todos da família a olhar, acolher no coração e dar um lugar novamente, no seio da família a este excluído.

O excluído pode ser um tio (a) ou avô (ó) que tenha tido um destino trágico, um irmão morto precocemente, um abortado que foi rejeitado e até mesmo um (a) ex parceiro (a) dos pais. Por algum motivo a pessoa foi excluída de sua família, e a criança, um inocente, sente-se como estranha em si mesma, seguindo um destino que não é seu. Novamente manifestando de forma difícil esta identificação.

Em qualquer das situações, numa dinâmica de Constelação Sistêmica Familiar é possível identificar a raiz do comportamento difícil da criança, incluindo o excluído, liberando ambos, excluído e criança, permitindo-a viver seu próprio destino, de forma mais leve e feliz.

“As crianças mais difíceis são aquelas com o maior amor.” – Bert Hellinger

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Educação Sistêmica

Soluções eficazes para os desafios educacionais da atualidade

“…Nossa ligação na grande Alma é fatal e estamos à mercê do destino de nossa família. Servimos a nossa família e muitas vezes tentamos compensar a culpa e o sofrimento de pais e parentes de gerações anteriores. Queremos tomar o lugar de membros que morreram tragicamente… assim as crianças não vivem a própria vida, sentem-se como estranhas a si mesmas, com uma forte pressão para a morte precoce…”  (Marianne F.G.)

Diante dos desafios encontrados em nosso Sistema Educacional vigente, torna-se cada vez mais difícil lidar com crianças e adolescentes em sala de aula, visto que as famílias envolvidas em suas atuais dinâmicas de trabalho e dificuldades de relacionamentos entre si tem deixado para os educadores o trabalho que cabe apenas a família.

Sem necessidade de maior aprofundamento, basta olharmos a nossa volta para vermos claramente os resultados de tal postura.

Frente a estas e tantas outras questões observadas, assim como minha graduação (educadora) e a demanda que surge em nossos dias, elaborei este trabalho com a finalidade de apoiar Instituições Educacionais a entender e a lidar com aquilo que está por trás dos comportamentos de crianças e adolescentes tidos como “difíceis”.

Este é um trabalho que começa com as crianças em sala de aula e aos poucos vai envolvendo toda a família, de forma muito sutil, tornando possível mudanças consideráveis e sólidas.

Em resumo, um projeto elaborado com responsabilidade, humildade, amor e respeito, que tendo como apoio os profissionais da área, afetará a todos os envolvidos.

Resumo do Projeto

  • Entrevista prévia com direção e corpo docente da instituição.
  • Conhecendo a sala de aula.
  • Escolha das dinâmicas a serem adotadas.
  • Pondo em prática os Princípios Sistêmicos (As Leis; postura em sala; incluindo as relações, e outros)
  • Levando para casa (sugestões diversas)
  • Acompanhamento de resultados

Dinâmicas Práticas Sugeridas

  • Quem mais está na sala de aula
  • Honrando pai e mãe
  • O lugar de cada um
  • Identificando e incluindo os excluídos, vivo ou morto
  • Identificando o ponto de apoio (força) de cada aluno
  • Respirando nos pais
  • A misturinha perfeita (levando comigo)
  • O jogo da família

Importante ressaltar que cada sala tem uma energia única de atuação e reação a mudança, assim o ritmo de cada turma será a seu tempo, devendo ser respeitado tal como é.

Investimento / Carga Horária

  • Valor/hora (com uma carga horária mínima sugerida para ser possível a implementação do projeto);
  • Pacotes com 10 visitas;
  • Valor mensal fechado (com sugestão de hora/semana/mês);
  • Consultoria período indeterminado (com sugestão de horas semanal).

“Há um tempo e um lugar certo para cada decisão…” (Marianne F.G.)

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Constelação Sistêmica Familiar

Bert Hellinger

De acordo com Bert Hellinger, criador das Constelações, sempre que uma pessoa nos procura para passar pelo processo de Constelação, esta pessoa nunca deve ser olhada sozinha. Devemos olhar além da pessoa, olhar para todos os membros de sua família, pois todos nós fazemos parte de um grande sistema familiar, onde nos encontramos fortemente vinculados.

Vínculos estes que não se desfazem nem mesmo com a morte. Por isso, devemos tratar a pessoa dentro de seu sistema familiar como um todo e não somente a pessoa. Devemos olhar sempre para além do cliente, somente assim, a ajuda se torna possível.

A Constelação Sistêmica Familiar é um tipo de terapia, considerada por muitos uma terapia breve, pois permite ao cliente geralmente em uma única sessão identificar quais os padrões negativos vem se repetindo ao longo de sua geração familiar. E após a identificação deste padrão, torna-se possível chegar a uma solução.

A Constelação Sistêmica Familiar de Bert Hellinger não é religião, não é ocultismo, misticismo, magia ou espiritismo. Constelação é uma técnica, uma ferramenta que nos permite trazer à luz energias e emoções negativas que circulam em nosso sistema familiar, influenciando de forma inconsciente nossas tomadas de decisões no dia a dia.

Essas emoções e energias ocultas são passadas de geração a geração, até que alguém olhe para ela de forma a incluir em seu coração o que antes fora rejeitado, esquecido e excluído, promovendo o desbloqueio do fluxo amoroso natural da vida, e então caminhar à uma solução.

A Constelação Sistêmica Familiar traz 3 Leis que regem a família, sendo estas a base para todo nosso trabalho.

Lei do Pertencimento: No sistema familiar todos tem o mesmo direito de pertencer, esteja vivo ou morto. E quem pertence? Os filhos (irmãos), os pais, os avós, bisavós, tios, ex parceiros de nosso pais e avós e nossos parceiros assim como ex parceiros também.

Por que parceiros e ex parceiros pertencem ao nosso sistema familiar? Porque o sexo gera vinculo, assim como promessa de casamento e estrupo também geram vinculo.

Lei da Ordem: quem veio primeiro veio primeiro, quem veio depois veio depois e ponto. Primeiro os pais, depois filhos, depois netos, e assim sucessivamente. Apenas no relacionamento de casal a relação é de igual, pois os dois chegam juntos no relacionamento. 

Lei do Equilíbrio: toda vez que uma das leis anteriores é desrespeitada, o sistema buscará uma forma de restabelecer o equilíbrio.

Em geral quando a Lei do Pertencimento é desrespeitada, um inocente será chamado a restabelecer a ordem no sistema. Este irá identificar-se com o excluído ou até mesmo, seguir o seu destino, forçando a todos os demais do sistema familiar a olhar para este excluído, de forma a incluí-lo novamente no sistema.

Aqui quando se fala de identificar-se, pode acontecer de a pessoa ter os mesmos sentimentos que aquela pessoa excluída tinha, como raiva por algo ou alguém, nervosismo, insegurança, medo, etc. Ou ainda seguir o seu destino na totalidade e entrar no processo de repetições dentro do sistema familiar como, suicídios que vão se repetir, a falta de sucesso na vida irá se repetir, as mortes trágicas, os abortos, os divórcios, as doenças, os vícios, os problemas nos relacionamentos e outros. Estes padrões então estarão a se repetir até que este excluído tenha novamente o seu lugar na família.

Em geral quando a Lei da Ordem é desrespeitada, a pessoa que a desrespeitou irá fracassar nas mais diversas áreas de sua vida. Por exemplo: quando um filho se põe no lugar do pai, se põe como grande diante do pai, assim se colocará pequeno diante de seu filho, dificultando a educação e orientação deste.

Outras vezes irá se pôr como pequeno diante do cônjuge, exigindo do parceiro o que deveria ter tomado dos pais, mas como se pôs como grande diante do pais, não os tomou como deveria, acaba exigindo isso de seu parceiro, o que geralmente leva ao enfraquecimento da relação. Irá ainda ter problemas com sucesso, tende a dar um passo adiante, depois retornar… e ficar neste ciclo até se pôr em seu lugar e tomar os pais em seu coração.

As Constelações Sistêmicas Familiares de Bert Hellinger estão à serviço da reconciliação e da vida.

E o que podemos constelar?
– Problemas de Relacionamentos de casal;
– Problemas de Relacionamentos com filhos e família de origem;
– Problemas Profissionais e de Sucesso;
– Problemas de saúde como depressão, vícios e pânico;
– Destinos Trágicos;
– Outros.

E como funcionam?
A dinâmica de Constelação Sistêmica Familiar pode acontecer de duas formas.

Uma delas é através de um atendimento individual, onde cliente e facilitador com o auxílio de ancoras de solo ou de bonecos irão entrar em contato com estas energias ocultas de forma a identificar onde houve o bloqueio do fluxo amoroso e através do reconhecimento, aceitação, acolhimento no coração e frases especiais o amor poderá voltar a fluir no sistema familiar em questão.

A segunda forma de se trabalhar com as Constelações é a chamada dinâmicas de grupo. É formado um grupo de pessoas, o número de pessoas pode variar, vai de dez a trinta, quarenta e mais pessoas. Aqui o cliente apresenta um tema e o facilitador ou mesmo a própria pessoa escolhe um representante para si e outros de acordo com o tema apresentado (pode ser o pai, mãe, parceiro, dinheiro, doença…), e estas pessoas ao entrarem no campo (campo morfogenético) e irão se movimentar (através de sensações em seu corpo) de forma igual a pessoa que ele está representando, trazendo a luz as energias ocultas, mostrando onde foi que  houve o bloqueio do fluxo amoroso natural da vida.

E à partir desta descoberta o facilitador de acordo com seu conhecimento, conduz os representantes e automaticamente o sistema do cliente à uma solução. Isso sempre com o consentimento real, com um movimento da Alma que deve partir do cliente, permitindo que o trabalho prossiga.

O facilitador apenas conduz o trabalho, mas é o cliente que precisa dar o passo para a cura, reconhecendo o que está acontecendo, acolhendo em seu coração e decidindo de Alma pela solução.

Em ambos os casos é importante ter em mente, sempre, a postura correta diante deste trabalho. Tanto o facilitador quanto os representantes e também o cliente devem manter sempre uma postura de muito respeito, humildade e neutralidade ao trabalhar o tema.

Essa postura neutra quer dizer, sem intenção nenhuma (sem querer ajudar, mostrar, ver, etc.), sem conhecimento (esquecer tudo que sabe a respeito do trabalho ou sobre o cliente e inclusive sobre sua própria história), sem julgamento (aqui não pode haver julgamentos, bom x ruim, etc.), e por fim sem medo, e assim, somente assim, o campo se abre e nos mostra onde está o emaranhamento, onde aconteceu o bloqueio do fluxo amoroso na vida do cliente, e somente assim, nesta postura neutra, torna-se possível ao passo para a solução.

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Constelação Sistêmica e um novo olhar para o suicídio

O suicídio não possui barreiras sociais, econômicas ou geográficas.

Em nossa sociedade falar em morte não é algo muito agradável, e quando se trata de suicídio o assunto torna-se ainda mais difícil, e justamente pelo fato do suicídio ainda ser tabu nos dias atuais, nós não falamos, escondemos, temos medo ou vergonha e quando menos imaginamos, alguém do nosso lado chega ao suicídio.

No entanto sempre pensamos que nunca vai acontecer em nossa família, em nossa casa ou com um amigo, pensamos que isso é algo que acontece lá longe, parece muito distante de nossa realidade, de nossa vida, nunca imaginamos que teremos que lidar com isso. Mas de repente acontece com a gente, acontece na nossa família. E então, como lidamos com isso?

O dia é 01.09.2013, um domingo, às 06h00 da manhã o telefone tocou! Acordei assustada, domingo 06h00! Meu marido foi atender e de volta ao quarto, ao lado da cama, deu a notícia que meu pai havia sofrido um infarto e não havia resistido, havia falecido, e eu tinha que ir logo, precisavam de mim lá.

Levantei, preparei-me, dei algumas coordenadas sobre a minha filha caçula, que na ocasião estava com 4 meses de idade e segui para a casa de meus pais (em uma cidade vizinha) no caminho eu pensava chegou a hora dele, ele cumpriu sua missão, está tudo bem. Tentava em vão me convencer de que estava tudo bem.

Porém, ao chegar lá, na casa de meus pais, uma de minhas irmãs correu até mim aos prantos, desesperada, me abraçou e disse, olha o que que ele fez minha irmã, olha o que o nosso pai fez! Eu, sem entender, perguntei, como assim? Ela respondeu, ele se matou, ele se enforcou, igual aos irmãos dele.

Neste momento meu mundo caiu, tudo mudou. Suicídio! Como assim? Nós tínhamos um almoço juntos naquele domingo, almoço em família. Como assim, ele desistiu da gente? Desistiu da família?! Da vida?! Como pode?!

Quando um ente querido chega ao suicídio queremos saber o porquê. Procuramos por uma carta, um bilhete, alguma coisa que dê o mínimo de sentido naquilo, buscamos uma resposta, alguém que saiba de algo, qualquer coisa. No caso do meu pai, não havia nada, nenhuma resposta.

Imediatamente vem aquela enxurrada de emoções, sentimos culpa, sentimos medo, sentimos raiva, indignação, nós julgamos, nós culpamos, nós excluímos e por ai vai, mas nada disso nos alivia, nada resolve, não há volta, está feito.

Eu pensava comigo, e se eu correr até ele, mexer com ele, chamar, será que ele volta a viver? Ilusão e puro desespero. Os policiais no local nem me deixaram ver o corpo na situação que estava.

Pois é assim, o suicídio mexe com toda a emoção e estrutura familiar.

E o que leva uma pessoa a desistir da vida? Por que uma pessoa chega a isso? O que pode ser mais forte que o instinto de sobrevivência? Seria medo, culpa, raiva, tristeza, decepção, doença, desejo de pertencer, desespero?

É possível reconhecer em alguém a intenção de suicídio? É possível evitar o suicídio? Essa é a grande pergunta.

Segundo a OMS sim, é possível sim evitar o suicídio, e as ferramentas estão disponíveis para ajudar, o que Bert Hellinger criador das Constelações Sistêmica Familiar discorda um pouco, para Hellinger a questão vai além, é mais profunda.

Quando o suicídio é consciente, e estando atentos às pessoas a nossa volta, podemos perceber comportamentos “estranhos” como tristezas constantes, sem motivo, estado depressivo, desânimo, frustração, mudança de humor, mudança de hábitos de forma rápida e drástica, frases que chocam como queria dormir para sempre; queria fugir; não aguento mais a vida, etc. São algumas das condições que demonstram claramente a falta de interesse em continuar na vida.

Mas e quando a intenção de morrer é inconsciente? Segundo Bert Hellinger muitas vezes a própria pessoa desconhece o verdadeiro desejo de acabar com a própria vida.

Existem padrões e dinâmicas ocultas que se não forem trabalhadas adequadamente, dão indícios de que uma tragédia pode ocorrer a qualquer momento.

As Constelações Familiares trazem um grande avanço na compreensão dos comportamentos suicidas, pois identificam algo que vai além do ato de tentar morrer. De acordo com os Princípios Sistêmicos não podemos ser vistos de forma separada, pertencemos a um sistema familiar, estamos vinculados a ele, vivos ou mortos.

Através dessa interação familiar circulam então a saúde ou doença, a prosperidade ou pobreza, a força ou fraqueza, a liberdade ou aprisionamento. Porém, cada caso denuncia uma busca incessante do pertencimento, quer seja na vida quer seja na morte.

Como funciona isso?
De acordo com Bert Hellinger existe uma energia que está a circular no nosso Sistema Familiar, e quando há algo pendente, os destinos irão se repetir. Abortos se repetem, acidentes se repetem, doenças, divórcios, fracassos no trabalho e financeiro, suicídio, vícios e outros.

Há um padrão que tende a se repetir no Sistema Familiar se não for resolvido. Por exemplo, após o ocorrido com meu pai, vim a saber através de minha mãe que havia outros casos na família dele, dois tios dele haviam cometido o suicídio (deram um tiro na cabeça) e dois irmãos do meu pai haviam cometido suicídio também (usando o enforcamento), ou seja, até onde temos conhecimento o meu pai é o quinto da família a entregar-se ao suicídio.

Como disse acima, há um padrão que se repete, e por que se repete?
Dentro da família há 3 Leis, e quando uma dessas leis é desrespeitada começam os problemas.

  • Pertencimento: todos pertencem, vivos ou mortos.
  • Ordem: quem vem primeiro vem primeiro, quem vem depois vem depois.
  • Equilíbrio: se uma das leis anteriores for desrespeitada o sistema buscará restabelecer a ordem através da identificação.

E o que seria Identificação?
Todo excluído clama por ser reintegrado ao sistema familiar.

E como acontece a exclusão? Sempre que rejeitamos, negamos, criticamos, julgamos, sempre que esquecemos alguém, nós estamos excluindo-o do nosso sistema familiar, assim, um inocente posterior irá identificar-se a este excluído, forçando o sistema a restabelecer o equilíbrio, e esta identificação se dá em especial por repetir o destino do excluído, assim vem as repetições.

O desejo de Pertencer faz com que o excluído queira ser reintegrado à família. Mesmo estando morto, ele deseja um lugar na família, um lugar no coração de cada um da família, por isso utiliza-se da identificação para voltar a pertencer.

O vivo também, pelo desejo de Pertencer, ou por se achar um “herói” (como no caso de crianças e adultos criança), querem muitas vezes seguir o movimento da morte, ou seja, quer seguir um pai morto, um tio, um avô, um irmão.

Outras vezes a pessoa por amor, por lealdade aquele que foi, ela quer morrer também, ela quer seguir o ente querido, mesmo na morte. Este é o amor que cega, o amor que adoece, segundo Bert Hellinger.

Então o desejo de pertencer, tanto do morto quanto do vivo, a ilusão de ser herói, a lealdade a alguém e ao sistema, ou o amor cego, muitas vezes leva uma pessoa ao suicídio, e isso, nem sempre está em seu campo consciente, mas em seu inconsciente, aqui sim, é necessário, uma dinâmica de constelação para a identificação do problema.

E quem é excluído?
Em geral excluímos, os diferentes, os que não fazem parte do “nosso grupo”, os assassinos, os abortados, os doentes, os suicidas, os viciados, aqueles que pensam diferente de nós, aqueles que fogem ao nosso “padrão moral” e outros.

É verificado com grande frequência nas dinâmicas de Constelação Familiar a seguinte situação: sempre que alguém quer morrer, essa pessoa está olhando para um morto. Quer seguir um morto, seja o papai, o titio, o vovô, um irmão abortado ou morto precocemente e outros.

E da mesma forma, aquele que vem apresentando dificuldades constantes em sua vida, nos mais variados setores, atrai para si estas dificuldades porque quer morrer também, tem o desejo inconsciente de morrer. E quem quer morrer vai querer o sucesso para que? Vai querer ser feliz para que? Assim atrai para si as dificuldades profissionais e financeira, dificuldades de relacionamentos, doenças, etc.

E como identificar e tentar evitar isso?
Não é algo fácil, porém, não é impossível, basta estarmos mais atentos aqueles que estão a nossa volta.

Quando o desejo de morrer é consciente a pessoa irá agir de acordo com o que falamos no início deste texto (frases que chocam e alterações de humor, etc.), aqui, estando atentos é um pouco mais fácil identificar um padrão suicida e sugerir ajuda profissional à pessoa.

Quando o desejo de morrer for inconsciente essa pessoa irá provocar doenças constantes em si mesmo, como câncer, depressão, e outros…, ou fazer coisas que coloquem a vida dela e a de outras pessoas a sua volta em risco. Isto continuará se repetindo, prestem atenção nos riscos em que uma pessoa a sua volta se expõe.

Da mesma forma, quem está olhando para a morte em geral não tem sucesso profissional, tem problemas constantes em seus relacionamentos, apresenta uma certa dose de tristeza, depressão nem sempre observada facilmente, agressividade, raiva e outros.

Durante uma dinâmica de Constelação Familiar podemos identificar estes padrões e juntamente com os envolvidos chegar a uma solução, através da Aceitação e do Amor.

A pergunta que fica frente a atitudes consideradas suicidas é:
Quem está excluído no meu Sistema Familiar? Para qual morto a pessoa com comportamento suicida está olhando? A criança e o adolescente (que costumam achar que são heróis), estão identificados com quem? Querem morrer no lugar de quem?

Ilma Estevam – Constelação Sistêmica Familiar – Berlin
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